desperto neste oásis poético,
onde a palavra jovem corrompe a dor,
e o amor filtra a cor do tempo,
como uma fénix planando ao vento,
desvendando o significado que a palavra tem.
O futuro anuncia-se profético,
caminhando solto pelas letras do poema,
e esta espécie de alma que carrego,
transborda agora a calma,
destes dias de assossego,
em que todo eu sinto e navego.
Entrego-me a esse espaço,
onde reside a vontade e o desejo,
o embaraço esvaí-se num terno beijo,
tu permaneces e eu versejo,
sobre a resposta às minhas preces,
a que Deus respondeu com o teu nome.
Além desse lugar,
habita a saudade de mim,
que hoje reconheço assim,
como existência desbotada,
e vejo a vulgar humanidade que aqui morava,
provocada,
pela falta do amor que faltava.