Wednesday, January 10, 2007

Aqui,
na relva aquecida por um Sol atrasado,
só se ouve o vento a pentear as folhas,
o riso distante de uma criança,
e os passos encantados do teu nome.
O ruído da cidade não chega.
Chega abafado,
não se pressente nem um carro.
Aqui,
apenas tu e eu existimos.

As mãos sentadas em silêncio,
procuram-se no verde erva.
A página desdobra-se em terra,
trocam-se olhares com reserva,
sente-se a maresia,
e a cidade continua vazia,
porque agora habitas aqui,
neste espaço,
onde nada mais existe,
para lá do teu reflexo.

Sem complexo.
Ama-se por palavras,
rabiscadas numa folha solta,
amanhada,
que esconde o que sente a alma,
que se solta aqui,
neste pedaço de tarde,
que guardo para mim.

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