Friday, January 05, 2007



Amo cada pedaço do teu corpo,
cada centímetro da tua voz,
cada parcela do teu silêncio.
Como uma sacerdotisa entrega-se a um deus invisível,
amar-te é para mim irreversível,
e os átomos que te formam,
pertencem a nós.

Vivo cada palavra tua como se fosse minha,
cada teu cabelo como prolongamento dos meus dedos,
cada beijo como respiração.
E afasto os meus medos,
mergulhando de olhos fechados,
nesta paixão,
que exalas sozinha.

Desejo cada pensamento teu,
cada momento que passo em ti,
cada teu gesto que esvoaça para mim.
Como um escritor procurando a imortalidade no papel,
encontro neste amor sem quartel,
a verdade do sentimento,
que já agarrei.

Assim,
sem mais não,
escrevo as letras que te compõem,
derramo a pontuação pela frase que te desenha,
bebendo em tormento a ausência do teu nome.
Arranhando o papel para reduzir o espaço que nos separa,
matando o tempo que falta para te ver.

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