hoje é o dia que termina o deserto,
no abismo de alguém que chega,
e que te tenho aqui perto,
num gesto que me desassossega.
nesta cidade cansada e velha,
- como velha e cansada é a alma destas gentes -
escondo-me aqui na esteira,
destas linhas atravancadas e dementes.
para amar é preciso abandonar a razão,
e no meu coração não há resquício de tal tristeza,
apenas esta louca paixão,
que me empurra para o centro da tua beleza.
hoje começa o mar alto,
no baixio de uma planície de sal,
despe a carne e sobe comigo ao planalto,
para atirarmos palavras à noite astral.
no abismo de alguém que chega,
e que te tenho aqui perto,
num gesto que me desassossega.
nesta cidade cansada e velha,
- como velha e cansada é a alma destas gentes -
escondo-me aqui na esteira,
destas linhas atravancadas e dementes.
para amar é preciso abandonar a razão,
e no meu coração não há resquício de tal tristeza,
apenas esta louca paixão,
que me empurra para o centro da tua beleza.
hoje começa o mar alto,
no baixio de uma planície de sal,
despe a carne e sobe comigo ao planalto,
para atirarmos palavras à noite astral.