o deserto tem a água enlutada
nas profundezas da areia
enterrada na alma da terra cinzenta
apenas a crosta é pele dourada
o resto é mineral liquefeito que inventa
uma tempestade, uma rima, uma ideia.
hoje é o dia, em que o tempo alarga-se
em que imaginas o deserto, uma mão de areia,
e o mar uma lágrima desfeita.
hoje é o dia, em que o corpo abraça-se,
ao desejo perfeito de uma imortalidade imperfeita,
e as palavras fogem em segredo, subindo por ti, à boleia.
e o céu uma criança vestida de azul,
com algodão nas mãos delicadas,
que desenham asas imaginadas em silêncio.
voam para lá do horizonte em busca de um pedaço de sul,
e escondem no mar alto, escrito a incenso
o teu nome e as frases inacabadas.
hoje é o dia.
nas profundezas da areia
enterrada na alma da terra cinzenta
apenas a crosta é pele dourada
o resto é mineral liquefeito que inventa
uma tempestade, uma rima, uma ideia.
hoje é o dia, em que o tempo alarga-se
em que imaginas o deserto, uma mão de areia,
e o mar uma lágrima desfeita.
hoje é o dia, em que o corpo abraça-se,
ao desejo perfeito de uma imortalidade imperfeita,
e as palavras fogem em segredo, subindo por ti, à boleia.
e o céu uma criança vestida de azul,
com algodão nas mãos delicadas,
que desenham asas imaginadas em silêncio.
voam para lá do horizonte em busca de um pedaço de sul,
e escondem no mar alto, escrito a incenso
o teu nome e as frases inacabadas.
hoje é o dia.
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