Tuesday, June 07, 2011
Tuesday, October 12, 2010
"Quantas vezes mais vais lembrar-te de uma certa tarde da tua infância, uma tarde que faz tão profundamente parte de ti, que não podes sequer conceber a tua vida sem ela? Talvez umas quatro ou cinco vezes, talvez nem isso. Quantas vezes mais vais ver o nascer da lua cheia? Talvez 20. E, no entanto, tudo parece sem limites..."
Paul Bowles
Paul Bowles
Tuesday, July 13, 2010
Saturday, April 24, 2010
A filosofia é a ciência exacta das plantas, porque não existe matemática nos campos e as flores não se alimentam de literatura.
E dos animais não se conhecem obras ou poesia, além das quânticas equações de melancolia que vão derramando na estrutura das palavras.
E estas frases, sem origem nem continuidade, são vagas sem plâncton, maré infundada sem idade
ou remorsos,
porque o que escrevo hoje,
não fará sentido amanhã.
Mas esta insistência em procurar sentimentos para dizer, este combate perdido contra a terra, é pura ilusão,
quimera,
porque apenas tu,
consegues ler-me.
E dos animais não se conhecem obras ou poesia, além das quânticas equações de melancolia que vão derramando na estrutura das palavras.
E estas frases, sem origem nem continuidade, são vagas sem plâncton, maré infundada sem idade
ou remorsos,
porque o que escrevo hoje,
não fará sentido amanhã.
Mas esta insistência em procurar sentimentos para dizer, este combate perdido contra a terra, é pura ilusão,
quimera,
porque apenas tu,
consegues ler-me.
Thursday, January 28, 2010
Monday, November 02, 2009
todo o teu corpo interessa, toda a tua alma importa,
és o perfume tímido da relva molhada,
amante desejada batendo à porta,
o marulhar silencioso de uma enseada.
és ilha deserta por mim descoberta,
oásis fluorescente numa noite desabitada,
madrugada assim de insónia desperta,
o poema e a palavra emancipada.
e nem o tempo, inimigo da primavera,
apaga deste tempo a oração,
e o amor que sendo sonho, não é quimera,
alimenta o corpo, embala a mão,
numa calma que desespera,
a quem mais interessar esta canção.
és o perfume tímido da relva molhada,
amante desejada batendo à porta,
o marulhar silencioso de uma enseada.
és ilha deserta por mim descoberta,
oásis fluorescente numa noite desabitada,
madrugada assim de insónia desperta,
o poema e a palavra emancipada.
e nem o tempo, inimigo da primavera,
apaga deste tempo a oração,
e o amor que sendo sonho, não é quimera,
alimenta o corpo, embala a mão,
numa calma que desespera,
a quem mais interessar esta canção.