Saturday, May 12, 2007

Stôra. Alberto rima com o quê?

"Alberto. A tua luta é a nossa. Também nós queremos o melhor para a nossa terra. Alberto. És e sempre serás reconhecido como o maior líder do povo madeirense e eles, os outros, sabem, embora não o confessem".
Os versos não são meus - os que escrevo rimam com outro nome, mais poético, mais estético -, mas duvido que sejam também dos alunos da Escola Básica do 1.º Ciclo do Santo da Serra, que Jardim inaugurou, perdão, "visitou", esta semana. E que bonito foi. O padre da paróquia benzeu a obra, pronta há seis meses. Uma escavadora abriu o apetite para o polidesportivo, prometido há três anos. E o Alexandre, o Leonardo, a Martine, o Bruno e o Dinarte declamaram poesia.
Palavras sábias e elogiosas, lidas por crianças com 10 anos, que envergonham muitos conselheiros técnicos que por aí andam, a fazer e a escrever análises políticas idóneas.
E o "maior líder" agradeceu, embevecido, o gesto despreocupado dos meninos, que usaram horas lectivas, sob o olhar atento dos professores, para bendizer aquele cujo nome "perdurará para sempre". Mas não ficou totalmente satisfeito. Falando no infinitivo - porque a "ignara" Comissão Nacional de Eleições não o deixa fazer campanha em actos públicos -, Jardim defendeu a criação de um sistema de ensino regional.
Ainda mais regional do que este, em que alunos escrevem poemas e fazem desenhos nas aulas, a enaltecer o "carácter", o "talento" e o "carisma" do presidente do Governo. Mais do que isto, só o modelo do Estado Novo ou o da Coreia do Norte. Fotografias do "líder" nas salas de aula. Hino da Região a acompanhar o hastear da bandeira no início e no final do dia. E uma palmatória, para quem não rimar.

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