Friday, April 13, 2007

Vivo no intervalo que respira entre o bom dia e o até amanhã.
No outro sonho que esse tempo não acaba,
perdurando na aba de uma manhã de Novembro,
em que o vento e a maresia abraçaram-se em silêncio,
a escrever esta poesia.

Fantasio pela madrugada adentro,
que a rotação do Mundo pára,
quando os meus e os teus olhos se fecham
e a transladação do planeta só continua,
quando a esse tempo congelado dizem adeus.

E é a esse assossego desassossegado que me agarro,
acreditando que todo o universo foi desenhado para nos amarmos,
a Terra apenas existe para nela nos sentarmos,
e todos os elementos são reflexo,
da poeira cósmica que formou este amor.

O resto do tempo não existe,
persiste como acessório,
como interregno adormecido deste sentir,
promontório com vista para o mar,
porque este amar, só em nós pode florir.

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