Friday, August 24, 2007

Um raio branco espreita pelo ninho de pedra,
pintando a erva que cresce desalinhada,
e o poema aparece aos pés da estrada,
como um pretexto com raízes de pólen.

O tempo solidificou-se neste noite escura,
em que a lua esqueceu-se que é reflexo,
e aparece orgulhosa de ser lua,
iluminando o texto e a letra nua.

Aqui és a palavra, o verso,
e eu o reverso do dia que já nasceu,
naquela erva distraída a ser adulta,
para sentir o raio branco da lua.

Deixa-te ficar imóvel,
quando olhares já não és erva, não és pólen,
mas traço amarelo de tempo,
que cresceu sem dar por ela.

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