escrevo o que desejo,
para não dizer o que penso,
porque pensar é um ensejo,
que a palavra esmorece,
e o papel absorve a marca da ideia,
o corpo arrefece no abismo da página,
e o intento desaparece sufocado pela teia,
deste português que penso,
deste desatino que falo.
mas não me calo.
calam-se as palavras,
na silenciosa vertigem de pensar,
onde não mora a gramática,
nem a linha horizontal de uma frase,
fica o êxtase das letras tombadas,
roubadas à estática do universo,
fugindo entre os dedos de um verso,
que escrevo para não pensar.
para não dizer o que penso,
porque pensar é um ensejo,
que a palavra esmorece,
e o papel absorve a marca da ideia,
o corpo arrefece no abismo da página,
e o intento desaparece sufocado pela teia,
deste português que penso,
deste desatino que falo.
mas não me calo.
calam-se as palavras,
na silenciosa vertigem de pensar,
onde não mora a gramática,
nem a linha horizontal de uma frase,
fica o êxtase das letras tombadas,
roubadas à estática do universo,
fugindo entre os dedos de um verso,
que escrevo para não pensar.
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