Friday, June 22, 2007

Mais do que os discursos inflamados e cheios de recados. Mais do que a paralisia momentânea que atacou as mãos do secretário de Estado Filipe Baptista. Mais do que a troca do "cumprir" pelo "comprir". Mais do que o conselheiro que queria entrar à força (e entrou) por ser ainda conselheiro. Mais do que a mudança de estilo de Brazão de Castro. O que eu gostei mais da tomada de posse do X Governo Regional foi do 'beija mão'.
Foi mais de uma hora de fraterno companheirismo, de despreocupadas felicitações e de alguma (muita?) bajulice à mistura, que até provocaram cãibras no presidente. Ninguém, tirando José Sócrates, já se sabe, quis faltar, e não se viam tantos notáveis juntos, desde aqueles espectáculos inseridos nas comemorações da Região Europeia 2004.
Poucos apreciavam a música. Muitos nunca tinha ouvido falar de quem estava em cima do palco. A maioria preferia estar em casa, de pijama vestido, a ver a novela da TVI. Ou então a assistir ao hilariante, e felizmente extinto, 'Malucos do Riso', mas lá que os bilhetes esgotaram, lá isso esgotaram.
Tal como esgotaram na terça-feira. O Salão Nobre daquela casa de tantos espectáculos foi pequeno para tanto público, e a elite madeirense - cada vez mais numerosa - teve que apinhar-se, suar e aplaudir, aplaudir muito. Porque estes são os últimos quatro anos de Jardim na presidência, e o futuro é demasiado incerto para muitas daquelas mãos que, uma a uma, apertaram a do presidente e a do vice-presidente.
Em 2011 os cumprimentos serão para outros, resta saber se a fila para o 'beija mão' não vai ser ainda maior.

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