Tuesday, June 12, 2007

Vivemos agora duas vezes,
antepassados de nós próprios,
poetas ébrios de palavras,
sóbrios de quase nada,
contemporâneos dos nove meses.

Caminhamos de mãos entrelaçadas,
como amantes irreais,
tendo o rasto da lua com estrada,
as estrelas ideais,
e no Sol, mil esperanças imaginadas.

De dois fez-se três,
o amor cresceu invisível,
transbordando do papel, da carne,
e agora arde, ilumina,
tem Deus como testemunha.

Três é igual a um,
numa matemática metafísica,
numa poesia que não termina,
astros errantes desobedecendo à física,
convergindo para um só coração.

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