Tuesday, August 07, 2007

O que fazer com esta alma que me entregaram na mão,
senão derramá-la ao vento,
para que te a leve,
num suspiro tormento,
e deposite este amor,
no teu coração.
Ah, a saudade do beijo roubado,
do respirar do Deus dos homens
e das mulheres,
jovens crianças,
encerrando as primaveras
de calma e calor.
E a saudade do futuro,
do beijo por agarrar,
da nova infância,
encarnada num corpo de menino
que o destino vai tecendo,
no seio do teu ventre,
e eu vou esquecendo,
o que era não ser eu.

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