Sunday, January 06, 2008

amo-te, por isso

trago no corpo
a palavra tatuado
que uma noite de água
o dia esqueceu
e da música silvestre
carrego o esforço
a mágoa e o êxtase
de não ser a palavra
mas a alma agreste
que morreu
no final de uma frase.
e da ribeira
roubo o lodo das pedras roladas
memórias desasadas
de um aluvião de mármore
e bebo o sangue condensado
derramado ao mar
pela árvore do início do mundo.
sabe a lágrimas
mas é apenas sal
que o teu amor derrete
devagar

pela minha carne.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home

Locations of visitors to this page Website counter