Sunday, December 09, 2007

Palmeira da minha janela,
eternidade vestida de folhagem,
veio o tempo e fez farrapos, a tua vela,
e naufragas-te por essa viagem.

Braços tombados na noite quieta,
e o jardim essa tempestade de corpos,
jaz um vaso partido na varanda deserta,
que depositou no vento, mil e um esforços.

Eleva-te agora, nessa nuvem que passa,
sobrevivente do furacão que se abateu,
porque um mito não é coisa que se desfaça,
e a tua raiz não morreu.

Palmeira da minha janela,
a tempestade já passou,
partiu na defunta caravela,
e deixou-nos sós, com este amor que ficou.

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