Tuesday, November 20, 2007

oiço os gestos das palavras que não falas
e o que dizes chega-me palpável
desenhado na tua pele estendida
com que calas
a eternidade incomensurável
de uma estrela perdida.

embalas esse silêncio atmosférico
à sombra da noite sibilante dos rios
onde navega o sal das lágrimas esquecidas
e nada o teu beijo periférico
entrelaçando o teu nome nos fios
da corrente invisível dos dias.

e aí leio, na espuma das ondas
que chegam em bandos à praia
para beber o esboço maduro
do sorriso com que adormeces e sonhas,
e a lua desmaia,
no teu futuro.

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