Friday, September 21, 2007

O Governo tarda, mas não falta

Depois de abraços e trocas de elogios, chegam as críticas e a desilusão. A compra (ou a promessa de compra) de um quadro pintado pela mãe do ‘menino azul’ que o presidente do Governo Regional fez no Porto Santo, faz lembrar aquelas inaugurações pomposas que estes 30 anos de autonomia nos deram.
A comunicação social ouve os discursos. Tiram-se fotografias. Come-se e bebe-se como se o Mundo acabasse no dia seguinte. O empresário embevecido agradece os elogios do chefe do governo, e depois fica a assobiar para o ar, enquanto o dinheiro não chega. E tarda, muitas vezes, a chegar.
O problema, é que a frase repetida até à exaustão que diz que o "Governo atrasa-se mas paga" não é suficiente para convencer fornecedores e outras despesas que os empresários têm que enfrentar. Assim é o caso do ‘menino azul’.
A criança portadora de duas doenças raras, que está transformada numa triste atracção de feira, é mais um lamentável exemplo deste país badalhocamente colorido e falido. A mãe, numa opção no mínimo discutível, percorre o país a mostrá-lo, e exige que políticos e governantes a escutem. Na Madeira pensou que tinha tido sorte. Foi ouvida, se calhar até usada para fins políticos, e vendeu alguns quadros. O pior foi quando ‘desmontou’ a barraca, abriu a caixa e viu que não havia dinheiro lá dentro. Isto apesar do ‘lugar-tenente’ do Governo Regional no Porto Santo se ter apressado a dizer que pagou. Isto apesar da Quinta Vigia, através daqueles notas humorísticas que chegam às redacções, ameaçar quem disser o contrário com um processo.
A verdade é que não tenho nada com as compras individuais de cada um, mas deixo aqui um conselho a mãe do ‘menino azul’, na próxima feira na Madeira, peça o dinheiro adiantado.

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