Tuesday, November 27, 2007

o pólen das plantas evapora-se quando te aproximas,
e a chuva desliza pelas nuvens que passam ligeiras,
no céu, risca uma estrela escrevinhando rimas,
e a lua cala-se à beira
da efervescente eternidade em que caminhas

os teus passos cristalizam a água da montanha,
no mar, o sal adocica,
esquecesse de ser mineral, coisa estranha
esse teu rasto flamejante que fica,
na poesia que a minha mão desenha

e a química do planeta desdobra-se na matemática
das coisas loucas em que medito,
flutuando pelo corpo a palavra errática,
que queima a carne e alimenta o rito,
de emprestar asas à gramática.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home

Locations of visitors to this page Website counter