Tuesday, February 27, 2007

O céu em fogo despede-se do dia,
e a maresia chega-nos a cada sete ondas.
Sente-se no ar o cheiro gasoso do Sol,
deixado em cada calhau rolado desta praia,
que a noite atrasada não vê nem apaga,
e o mar não lava,
porque o Sol não morre assim.

Nuvens incandescentes rasgam o firmamento,
no exacto momento,
em que os olhos se abrem fluorescentes,
para a entrada da Lua,
que é minha e tua,
testemunha de noites de poesia,
e desta palpável fantasia,
que é amar-te e ser amado,
num sentimento sem fim.

O Sol já desapareceu.
Ficou a luminosidade e o doce sabor salgado de cada sete ondas.
No mar desenham-se reflexos de mil giocondas,
e as mãos entrelaçadas beijam-se,
olhando o dia que não desvaneceu,
que nasceu para outros amantes,
companheiros semelhantes,
neste amor que cresceu.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home

Locations of visitors to this page Website counter