Thursday, February 08, 2007

Mergulho na água salgada do teu sexo,
e navego a onda que pelo teu corpo percorre,
assistindo sem complexo,
ao amor que da pele escorre,

e à paixão solidificada,
transbordando pela manhã.

Agarro esta hora chã,
como sendo a última e a primeira,
parando o tempo à minha beira,
para que dele não goteje,
este sentimento talismã,

e o dia apenas despeje,
o teu olhar sobre mim.

Enfim, que mais pode o homem esperar,
do que poder amar e desejar,
que o tempo não esqueça,
a doce febre e a fresca doença,
que habita este domingo,

e a tarde permaneça secreta,
como o silêncio deste amor poeta.

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