Monday, February 12, 2007

Numa qualquer noite vazia,
aterra em mim a fantasia,
que eras tu a única mulher que existia,
caminhando livre sobre a terra,
eu não mais era,
do que essa terra em que habitavas.

Sonhei isto assim sem mais nada,
que o meu corpo havia-se liquefeito em água,
a minha alma era o ar evaporado que respiravas,
e este amor que me abrasa,
elevou-se ao céu,
feito Sol,
para te aquecer.

O silêncio da Lua e as vozes dos ventos,
são testemunhas destes pensamentos.
O Mundo estava deserto de tormentos,
e nos teus passos desenhavam-se em mim momentos,
em que sorrias,
caminhando livre por uma terra que era minha.

Assim acordei.
Sentindo em mim a presença das pegadas que a noite deixou,
vendo o calor espalhado do teu corpo sobre o meu,
pensando que o Mundo que me forma continua a ser teu,
a terra que pisas sou eu,
e com isto o sonho não esmoreceu,
permaneceu,
cresceu e vai crescendo,
em cada pedaço do homem que sou.

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