Sunday, December 17, 2006

Só o tempo que passo contigo existe, nestes dias de irreal tristeza. Em que descubro em mim dor que não conhecia, que não sabia que podia doer assim.

Mas em ti a vida permanece. Inocente como a fé de uma criança na imortalidade. Perdura nesta doce realidade, vestida de sonho de marfim.

Somos todos feitos de erva. Tu, eu e ele. E à terra voltamos um dia. Mas é ao teu lado, que quem há muito não escrevia, encontra esta plana verdade: o ciclo fecha-se, mas não tem fim.

E como Whitman dizia, cada átomo que a mim pertence, pertence a ti também. E pensando assim adormeço, tapando esta branca melancolia, com os teus braços de cetim.

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