Friday, December 01, 2006

Triste e cansado este país que chamamos nosso. Onde o hospital está pintado de cinzento velho, e lá dentro mora o sangue vermelho, do nosso descontentamento. E é irreversível que assim seja, como é risível qualquer esperança num futuro de olhos abertos. O sal cegou-nos a todos, e agora quando olhamos, não mais sentimos do que morta resignação.
Somos um país de insanos mortos-vivos. Sem rumo. Perdido num desbotado livro de geografia, um desolado parágrafo da história universal. E é irreversível que assim seja, por mais velas que se acendam, palavras que se escrevam ou Fátima que se veja. Aqui, neste azul deserto azul, já nada troveja.
Ainda assim rezemos todos juntos, em busca de um paraíso ausente, pode ser que Ele afinal sempre exista, e se lembre, de nada nos ter trazido. Mas, insisto, é irreversível que assim seja, porque aqui, apenas o som da palavra permanece.

1 Comments:

Blogger José Leite said...

Ele existe. E esbraceja, reclama, faz o seu papel. Há quem goste e quem deteste. Ninguém pode agradar a todos. Diz que é pela D. Autonomia. é o seu defensor, mas quer ser o único e exclusivo. É possessivo em excesso. é claro que a tal Autonomia nunca se pronunciou sobre de quem gosta mais... mas, enfim, é assim a Madeira.

Ele lá vai reivindicando e rindo, armado em vítima, mas desafiando os pacóvios do contenente que lá vão abrindo os cordões à bolsa... até que a teta seque... até lá... veja o meu blogue e saberá ao que me refiro...

2:39 PM  

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