Sunday, November 05, 2006



Expiam-se num copo sem fundo os pecados do mundo, e deixa-se a culpa ser embalada pela música. Cigarros mal amanhados sobem ao céu, deixando a dor, incorpórea, sem redenção. De manhã, com os acordes silenciados e o copo tombado, é uma lágrima, não o suor da véspera, que cai pelo rosto. Tudo regressa com mais intensidade, e acorda-se para um dia que parece ser sempre igual. Um dia que se prolonga para lá do ciclo natural de 24 horas. Que não tem fim. Onde as crianças vestem-se como adultos, e os adultos brincam aos cowboys. Onde não chegam surpresas. Um dia que se repete encravado no tempo, até que alguém abra uma janela, e deixe, finalmente, de ser domingo.

1 Comments:

Anonymous Anonymous said...

Assim que as 24horas me permitirem, vou-te (re)encontrar, e talvez, prometo vou tentar, tornar esses dias todos eles diferentes... livres de monotonia. Se lágrimas houver não serão de impotência, desencanto ou desalento, vão ser de prazer cada vez mais forte, cada vez mais certo... cada vez mais teu.

2:58 PM  

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