Sunday, October 08, 2006
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2 Comments:
Caro amigo, enalteço a qualidade do teu texto, acerca da Inês. Recebi, inclusive, um e-mail de quem se deleitou com a leitura do teu texto. Quando o publicaste? Foi no DN ou no NM?
Ao atribuir protagonismo às "personagens do Funchal", só me posso socorrer das observações efectuadas. Não disponho, como no caso da Inês, de qualquer dado biográfico, pelo que me limito a tentar criar imagens através das palavras. Porém, perseguindo o fito de quebrar o monopólio da trivialidade, intrínseco ao quotidiano de muitas das personagens - e sem qualquer desprimor por eles -, adorno o relato, ficcionando-o. Daí o epíteto associado à Inês.
Um abraço.
A descrição de Inês, bem como a do "Machão", não carece de dados biográficos. O teu poder de observação é suficiente para que seja traçado um retrato, se não fidedigno, pelo menos verdadeiro, como, na minha opinião, aconteceu. No caso de Inês, por exemplo, bem pode-se aplicar a frase de Bill Pullman no filme Estrada Perdida (Lost Higway): “Prefiro lembrar-me das coisas à minha maneira, não exactamente como elas aconteceram”. Penso que é isso que todos fazemos, sem pecado.
Um grande abraço, e continua a descrever a cidade.
PS: Quanto ao livro que falamos no outro dia, do qual nasceu a ideia de escrever “perfis” para o NM, chama-se “O Segredo de Joe Gould”, de Joseph Mitchell. Deixo-te aqui um link: http://www.citador.pt/biblio.php?op=21&book_id=549
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