Saturday, September 16, 2006


Paredes azuis, sempre pintadas, túnicas vestidas da cabeça aos pés e uma nuvem de especiarias a cheirar a África. Chefchaouen é assim. Habitada por mil crianças, frequentada por hippies, turistas perdidos, acidentais, homens desencontrados, mulheres apaixonadas e desejos poeirentos.
Uma cidade encrostada entre o Rif e o Saara, invisível aos mapas turísticos, às excursões em magote, construída em terraços que sobem como espirais de fumo. Ali, num desses pátios, que durante o dia era esplanada de chá e à noite terra invadida por sacos-cama - sempre habitado por haxixe - onde a batida dos djambés mistura-se com a chamadas para a oração, sentei-me, uma noite, a fotografar relâmpagos.

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