Sunday, September 03, 2006


Esta pastilha é mega-hiper-maxi-super-refixe


A Floribela droga-se! Eu sei que a frase é chocante, mas é tão verdadeira como a barriguinha do Fernando Mendes e muito mais do que as curvas da Merche Romero. E não é heroína ou cocaína como a moranga concorrência, nem mesmo um charrito para aliviar o stress. A moça consume quantidades industriais de LSD e erva, muita erva. Só assim se explica, a voz doce, o olhar cândido e a psicadélica saia, costurada por uma sexagenária, daquelas que ainda estão presas na beat generation. Há também as pulseiras berrantes, feitas por uma qualquer tribo azteca numa fábrica chinesa, os caracóis a puxar para o rasta, e os sapatinhos puros. Tão puros, que envergonham o Miguel Mendonça.
Mas há mais provas que a cinderela da SIC gosta de viajar por realidades alternativas. Basta ouvi-la falar. São as crianças que não têm malícia, é a lágrimazinha teimosa quando o assunto é a fome no Mundo, são os risinhos idiotas ao ver o rato Mickey, e aquele mega-hiper-maxi-super-refixe, com sotaque tripeiro. Deus salve as nossas criancinhas...
E, para quem ainda não acredita, de que outra forma ia a pequena Luciana Abreu - que anda tão high que já nem se recorda que a Floribela é apenas uma personagem - aguentar uma conversa com a Barbara Guimarães e o Ricardo Pereira, em mais uma "exclusiva" estreia da SIC. A guidinha continua com aqueles ares de intelectual, agora com a barriga aliviada do Dinis Maria, e o rapaz que tinha ido tentar a sorte na TV Globo, soa tão natural como os sentimentos da Elsa Raposo. Mesmo assim, confesso, vi o programa até ao fim, com aquela fé e inércia que caracteriza os portugueses, esperando que a minha televisão pusesse um fim à rave, sem eu ter de procurar o telecomando. Não pôs. O final do programa chegou, e quase sem eu perceber, deu lugar a mais Floribela, mais mega-hiper-maxi-super-refixe, e, insisto, mais LSD.

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