Thursday, December 07, 2006

Pássaros ressequidos caem das árvores como folhas desamparadas num Outono de inexistência. Não cantam, não voam, apenas caem dos ramos despidos.

Não chegam ao chão vestido de folhas mortas, mas deixam no ar rastos de asas tortas. Memórias de um dia terem existido.

E na árvore, sem pássaros, folhos ou tino, resta um esqueleto de ninho. Casa vazia, desilusão, e um letreiro esquecido: Em construção.

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