Monday, August 04, 2008

Fosse eu outro que não isto,
outra coisa qualquer
diferente de nada,
pegava em mim e voltava
às colinas de Chefchaouen.
Levava ao colo o teu nome
aninhado nas mãos em concha,
como quem guarda um pássaro de asa ferida,
para veres do alto a partida
de um dia qualquer.

Mas sou eu isto
e não outro,
um louco
refém das palavras,
qual pássaro de asas quebradas
que viaja imóvel por aqui.
E é através de ti,
que vou descobrindo a felicidade,
em cada gota de ansiedade
que recolho dos teus lábios.

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