Sunday, August 17, 2008

Acorda desse sonho
e segue os passos gravados na areia,
inventa na praia um deserto
ou no deserto uma costa salgada.
Desce pelos atalhos da rocha salpicada,
onde guardei a voz das palavras antigas,
e procura junto ao cais o meu coração risonho
desfolhado por uma ideia.

Despe do corpo a carne,
depurando o sangue em água.
Aqui não há lugar a mágoa,
existimos, somente, onde a vida arde,
dois amantes abraçados no calor
deste misterioso final de tarde,
onde ensaiamos gestos de amor
num silêncio, sem mácula.

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