Monday, February 25, 2008

o gelo derrete
e depois é água
a manhã chega tarde
e a tarde esmorece sem dar-mos por ela
da janela do meu quarto vejo o movimento da energia mecânica
e fico parado na vertigem da equação quântica
pensando que a alma só te tem a ti
e nela estendo a imagem
da sensação imutável
que chega como um mistério que me abarca
a cada rotação das coisas preciosas que não entendo.
é preciso compreender o movimento das palavras
a primavera dos versos
que emprestam asas ao desejo
e prolongam o momento que me abraça
em que escreves-te o teu nome
no meu corpo com fome
gravando a tinta da china
a madrugada efémera
transformada em vida eterna
naquela alvorada de um beijo
imortal
como o teu gesto.

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