"Mas que sei eu das folhas no outono
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito súbdito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
(ofereces-me poesia,
e eu devolvo-te a palavra
de quem tem mais mestria
mas a mesma paixão, por essa casa)
ao vento vorazmente arremessadas
quando eu passo pelas madrugadas
tal como passaria qualquer dono?
Eu sei que é vão o vento e lento o sono
e acabam coisas mal principiadas
no ínvio precipício das geadas
que pressinto no meu fundo abandono
Nenhum súbito súbdito lamenta
a dor de assim passar que me atormenta
e me ergue no ar como outra folha
qualquer. Mas eu que sei destas manhãs?
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha."
Ruy Belo
As coisas vêm vão e são tão vãs
como este olhar que ignoro que me olha."
Ruy Belo
(ofereces-me poesia,
e eu devolvo-te a palavra
de quem tem mais mestria
mas a mesma paixão, por essa casa)
0 Comments:
Post a Comment
<< Home