e se eu me calasse para sempre,
de hoje para amanhã, sem mais nada,
fazendo meu o silêncio da madrugada,
quem no mundo sentiria a minha falta?
a alvorada seria assim tão diferente?
sei que é vã a palavra que desfraldo,
que se me calo não morre aí a cotovia,
canta até com melhor mestria,
esta ou outra qualquer melodia,
um poema, uma prosa, o grito alto.
tudo em mim é viagem,
em busca pelo templo da Rosa,
santuário – vejo-o agora –,
que fica aquém desta margem.
escrevo isto sem espécie de mágoa,
como um velho que vê chegar a hora,
fecha-se o mundo para ele lá fora,
guardem o meu silêncio numa gota de água.
falta fôlego, falta maré,
sou náufrago de uma folha branca,
órfão perdido num desatino de esperança.
a quem faltam palavras, falta até,
talvez um pouco de fé.
de hoje para amanhã, sem mais nada,
fazendo meu o silêncio da madrugada,
quem no mundo sentiria a minha falta?
a alvorada seria assim tão diferente?
sei que é vã a palavra que desfraldo,
que se me calo não morre aí a cotovia,
canta até com melhor mestria,
esta ou outra qualquer melodia,
um poema, uma prosa, o grito alto.
tudo em mim é viagem,
em busca pelo templo da Rosa,
santuário – vejo-o agora –,
que fica aquém desta margem.
escrevo isto sem espécie de mágoa,
como um velho que vê chegar a hora,
fecha-se o mundo para ele lá fora,
guardem o meu silêncio numa gota de água.
falta fôlego, falta maré,
sou náufrago de uma folha branca,
órfão perdido num desatino de esperança.
a quem faltam palavras, falta até,
talvez um pouco de fé.
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